terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Roubo - Parte I


Dalila atravessou a rua, e abriu a porta do velho Cadillac amarelo que conquistara há dois dias. Irritada, entrou no carro, pôs o cinto de segurança e tirou o carro da vaga. Sem olhar para os lados, não reparou que Dexter acabara de sair do pub com a camisa xadrez imunda de vômito. Ele repetiu palavrões de todas as espécies e línguas que conhecia. E, ao descobrir que Malcom fora embora com o Fusca, disse mais um que nem sabia se existia.
O ruivo fechou o zíper do casaco para esconder a sujeira e decidiu caminhar até achar um táxi. Foi andando, chutando tampas de garrafa. Dobrou na esquina e de repente foi forçado a parar.
Doi homens altos e musculosos o cercaram, um prendera seu braço e curvava o tronco dele para a frente, o outro imobilizara seu pescoço com a lâmina de um canivete.
- Qual é, filho da mãe, passa tudo, passa tudo, irmão! - e lhe aplicou um murro na cabeça.
- M-Meu celular f-ficou no carro...
- Que carro, que carro, retardado, você está a pé!
- No c-carro do meu amigo.
- Ok, cara, dinheiro, passa o dinheiro!
- Tá no meu b-bol...
Dexter felizmente não terminou a frase, porque um carro iluminara a esquina com os faróis e seu passageiro saíra do veículo e vinha em direção à eles.
O motorista socara o nariz do homem que imobilizara o braço de Dexter, e aplicou spray de pimenta nos olhos do assaltante que prendera o pescoço do rapaz. O socado cambaleou, o motorista deu uma joelhada nas partes íntimas do homem, em seguida chutou o abdômen do segundo. Dexter encostara-se na parede da loja de cosméticos da esquina, assitindo a cena com os olhos apertados por conta das luzes do farol. O motorista ainda socou e chutou os dois homens que agora estavam caídos, e aplicou spray de pimenta nos olhos do assaltante que ainda não tinha experimentado a ardência. Os dois homens se levantaram e fugiram com os olhos fechados.
Dexter fechara os olhos e massageava a parteda cabeça atingida.
- Você está bem? - o motorista perguntou, a voz rouca. E Dexter percebeu pela voz que não era um motorista, era uma motorista. Ele abriu os olhos lentamente, se apoiou na calçada e se levantou.
- Ah, eu não acredito! - a motorista disse.
- Nem eu! - Dexter retrucou, arregalando os olhos e recobrando a consiência. O galo em sua cabeça parecia crescer na velocidade de um balão.
Dalila cruzara os braços e assistia o rapaz massagear a cabeça.

CONTINUA NO PRÓXIMO POST...

2 comentários:

  1. filha, que criatividade hein!
    adorei ;D por: larissa melo

    ResponderExcluir
  2. Muito emocionante, era obvio que era a Dalila (naum teria graça se naum fosse), mas foi legal, ver ela quebrando os caras...ksks XD

    ResponderExcluir

comenta aí, brother.